segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Essa é minha primeiríssima tentativa de fotografar o queridinho do nosso Sistema Solar: Saturno

Seus anéis já nos causam intriga há séculos, quando Galileo Galilei os observou pela primeira vez, no ano de 1610. Naquela época, Galileo usava um recém inventado telescópio e a qualidade das imagens eram muito ruins, e o que ele via se assemelhava a duas orelhas ao lado do astro. Como havia descoberto há poucos meses os 4 satélites visíveis de Júpiter, acabou pensando que se tratavam de 2 grandes satélites.

Mas adiante Cristiaan Huygens notou que se tratava de um fino disco formado por matéria no entorno do planeta.

Os anéis são formados por detritos de gelo, poeira e gases. Esse aspecto que vemos se deve a alta velocidade em que circulam em torno do planeta, deixando visível somente o rastro de suas passagens, algo parecido de uma hélice de helicóptero em rotação elevada.

Saturno em si, é um planeta gigante gasoso, assim como Júpiter, com composição parecida basicamente formado por Hélio e Hidrogênio. Ele é 20% menor que Júpiter, o que lhe dá o título de segundo maior planeta em nosso Sistema Solar. Apesar de menor é 9 vezes maior que a terra, e a parte aparente de seus anéis tem 280 mil Km de diâmetro e apenas 1,5 km de espessura.

Abaixo as primeiras fotos que consegui desse intrigante planeta. Com certeza ainda muito que melhorar:




A primeira foto foi feita apenas com a Câmera e o Telescópio. A segunda foi obtida com a ajuda deuma lente Barlow 2x de qualidade não muito boa. 

Fotos feitas usando Telescópio Orion Astroview 6 de 150mm e uma câmera DSLR Canon EOS T3i.

domingo, 16 de dezembro de 2012

O céu abriu por alguns minutos e consegui registrar 24 frames da Caixinha de Jóias. Foram 15 frames de 15"em ISO 1600 e 9 frames de 15" em ISO 3200. Depois disso as nuvens voltaram e tive que interromper a sessão.

Ultimamente está difícil, porque o céu quando não está nublado está turbulento ou embaçado.



NGC 4755: também conhecido como Caixa de Joias, Aglomerado Kappa Crucis e Caldwell 94 é um aglomerado estelar aberto localizado a 6 445 anos-luz da Terra na constelação de Crux (Cruzeiro do Sul). Sua principal estrela é Kappa Crucis, de magnitude aparente 5,98.

A Caixinha de Jóias está localizada bem próxima a estrela "Leste" do Cruzeiro do Sul.

Recebeu esse apelido por conter estrelas de várias cores diferentes.

Foto tirada usando Telescópio Orion Astroview 6 - 150mm - F/5.
Câmera Canon EOS T3i 
 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Após duas noites de céus limpos, consegui fazer algumas novas fotos.

A primeira feita em 04/12, é da Nebulosa Eta Carinae.

Foram 12 frames em ISO 6400 / 10 em ISO 3200 / 5 ISO 800 / 12 dark frames


A segunda foi hoje as 21:20 mais ou menos.

Video de Júpiter, processado no Registax 6. 1400 frames, aproveitando 80% dos frames. Vídeo feito utilizando uma Barlow 2x(bem ruinzinha, é verdade), e gravado pelo EOS Movie Record.

Nessa foto, se vê claramente os satélites Galileanos do gigante gasoso. (Io, Europa, Ganymede e Calisto)

Por último, uma foto cujo o objetivo era capturar 3 objetos DSO em uma única foto. As três nebulosas vizinhas, M41 e M42 e correndo atrás a Nebulosa Running Man.
A poluição luminosa atrapalhou bastante essa foto, pois a atmosfera não estava colaborando, mas assim mesmo, após processamento e quebrar a cabeça no Photoshop, o resultado foi até satisfatório.

Foram 14 Frames em ISO 6400 / 10 em ISO 3200 / 10 em ISO 800 e 10 em ISO 400, mais 15 Dark Frames.

Todas as fotos tiradas usando Telescópio Orion Astroview 6 - 150mm - F/5 e câmera Canon EOS T3i.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Hoje, 28/11/2012, ocorreu a ocultação de Júpiter pela Lua.

O tempo ficou fechado durante todo o dia, mas deu uma melhorada na hora do fenômeno.

Ainda assim as fotos foram feitas com algumas núvens, mas deu pra registrar o evento.

 Um pouco antes do início. por volta das 20:00
 20:05 +ou-.

20:14

 20:16
Lua após a ocultação.

 O reaparecimento do planeta por volta das 21:08.

Fotos feitas através de vídeos filmados com a Canon EOS T3i, usando EOS Movie Record.

Telescópio Orion Astroview 6 - 150mm - F/5

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Outro dia fiz duas seções de fotos com dois aglomerados quase irmão, pela proximidade.

Foi o M46 e M47. Estão cerca de 1 grau um do outro, e são dois aglomerados abertos.

As fotos ainda não estão 100%, porque para fotografar aglomerados com precisão é necessário um alinhamento polar muito preciso, o que fica difícil de ser feito da janela do meu quarto.

Mas pra quem começou outro dia acho que o resultado está muito bom.

M46 - Esse é o aglomerado aberto Messier 46. Ele se localiza a cerca de 5.000 anos-luz da Terra e possui centenas de estrelas num raio de mais ou menos 30 anos-luz. Sua idade é de aproximadamente 300 milhões de anos. O que acho mais interessante nesse aglomerado é que apesar de sua pouca idade, próximo ao seu centro, vemos uma nebulosa planetária, que é esse circulo esverdeado e um pouco maior que as estrelas. Essa nebulosa foi catalogada como a NGC-2438.  
Nebulosas planetárias são uma breve e derradeira fase na vida de uma estrela do tipo solar com alguns bilhões de anos de idade, cuja reserva central de combustível hidrogênio tenha se esgotado. Na verdade, estima-se que a velha NGC 2438 esteja a apenas 2.900 anos-luz de distância e se mova a uma velocidade diferente daquela dos membros do aglomerado M46, ou seja, ela não faz parte do aglomerado. está muito mais próxima de nós e apenas por coicidência está na mesma direção do aglomerado M46. A estrela central da nebulosa é uma anã branca de magnitude 17,7, com uma temperatura superficial de cerca de 75000 K. É uma das estrelas mais quentes conhecidas.

 M47 - Já havia postado uma foto do M47, mas essa ficou bem melhor. Ainda vou aperfeiçoá-la, mas fica nitida a melhora.
É um aglomerado aberto com várias estrelas brihantes, contendo cerca de 50 estrelas em uma região com 12 anos-luz de diâmetro. Em sua região central, a densidad estelar é de 16 estrelas por parsec cúbico, embora a densidade média do aglomerado seja de apenas 0,62 estrelas por parsec cúbico, segundo Åke Wallenquist. Está a uma distância de 1 600 anos-luz em relação à Terra e seu diâmetro aparente na esfera celeste é de 30 minutos de grau, praticamente o mesmo diâmetro aparente da Lua Cheia.

O aglomerado aberto foi descoberto pelo astrônomo italiano Giovanni Battista Hodierna antes de 1654, dscrevendo-o como a "nebulosa entre os dois cães" (referindo-se às constelações de Cão Maior e Cão Menor). Charles Messier redescobriu independentemente o objeto em 19 de fevereiro de 1771, descrevendo-o como um aglomerado mais brilhante do que seu companheiro aparente, Messier 46. Entretanto, Messier cometeu um erro na transcrição da posição do aglomerado e M47 permenceu um objeto perdido até 1959, quando foi identificado por T. F. Morris, juntamente com o também perido Messier 48. Mesmo com o erro de Messier, Caroline Herschel observou e identificou duas vezes o objeto no início de 1783. Seu irmão William Herschel, descobridor de Urano, também redescobriu independentemente o objeto em 4 de fevereiro de 1785, sendo a entrada H VIII.38 de seu catálogo.
O erro de Messier sobreviveu em muitos outros catálogos, incluindo o General Catalogue, de John Herschel (filho de William Herschel), que declarou que o "objeto não pôde ser visto" e que "provavelmente deveria ser um aglomerado muito tênue e pobre em estrelas", e o New General Catalogue, de John Louis Emil Dreyer.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Olá pessoal!

Consegui evoluções muito satisfatórias com as fotos.

Consegui um resultado bem melhor com Júpiter hoje.

Comparem:

 Primeira tentativa com webcam.









Segunda tentativa com Webcam usando uma barlow 2x da Celestron bem fraquinha, que veio em um Kit que encomendei dos EUA.

 Hoje com a Canon T3i - EOS Movie Record

Já bem mais definidas as manchas e ainda consegui capturar 3 das 4 luas visíveis de Júpiter, no caso Io, Europa e Ganymede.


Agora com a barlow e a Canon T3i.

Se fosse uma boa barlow essa imagem ficaria bem melhor com certeza.












Todas as fotos foram tiradas utilizando um Telescópio Orion Astroview 6 - 150mm / F5


sábado, 17 de novembro de 2012


Essa foto é da Nebulosa Eta Carinae tirada em Belo Horizonte dia 17/11/2012.

A chuva deu uma trégua e no meio da madrugada o céu limpou e ficou ótimo para observar e fotografar.
Com a atmosfera resfriada, diminuem muito as turbulências e até o efeito da poluição luminosa.

Foram 7min e 45 segundos de exposição total com frames de 15"cada. 31 frames no total.

10 - ISO 6400
10 - ISO 3200
11 - ISO 1600

Telescópio Orion Astroview 6 - 150mm / F5
Câmera Canon EOS T3i


A Nebulosa de Eta Carinae (NGC 3372) é uma grande nebulosa brilhante, que rodeia vários aglomerados abertos de estrelas. Entre essas estrelas encontram-se Eta Carinae e HD 93129A, que são duas das mais maciças e luminosas estrelas da Via Láctea.
A nebulosa encontra-se a uma distância de 6 500 e 10 000 anos-luz da Terra. Está localizada na constelação de Carina. A nebulosa contém, múltiplas estrelas de tipo O.
 


quarta-feira, 14 de novembro de 2012


Esse é o Aglomerado Aberto Messier 47.
Messier 47 (NGC 2422, NGC 2478) é um aglomerado estelar aberto localizado na constelação de Puppis a 1 600 anos-luz da Terra. Foi descoberto por Giovanni Battista Hodierna antes de 1654, porém a descoberta só foi atribuída a ele em 1984. Charles Messier descoberiu o aglomerado independentemente em 19 de fevereiro de 1771.
Foram 21 frames, todos de 15". 10 ISO 1600 / 6 ISO 3600 / 5 ISO 6400
Telescópio Orion Astroview 150mm
Canon EOS T3i

Ainda com bastante dificuldade para tratar no Photoshop, principalmente porque após o processamento no DSS a imagem está ficando muito esbranquiçada.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012


Duas fotos feitas do planeta Júpiter.

A da esquerta o gigante gasoso com suas manchas. Semana que vem chega minha lente barlow que deve gerar um resultado melhor para esse tipo de foto.

A da direita foi feita com alta exposição, ficou tremida, mas a intenção é mostrar as quatro luas visíveis do planeta gigante. São elas Io, Ganimedes, Europa e Calisto.

Algumas curiosidades sobre o maior planeta de nosso sistema solar:
- Se fosse cerca de 10 vezes maior, Júpiter poderia ter se tornado uma estrela.
- O planeta emite mais energia para o espaço do que recebe do Sol. 
- Júpiter não tem superficie solida, sendo cerca de 90% de sua composição composta de Hidrogênio e 10% de Hélio, além de traços de outros gases variados.
- Júpiter funciona como um escudo para nosso planeta, salvando a Terra de várias colisões com asteroides. Seu campo gravitacional empurra os asteroides para direções opostas a da Terra, sendo que os cientistas acreditam que ele salvou nosso mundo recentemente de um grande impacto.

Abraço galera e até a próxima...


Foto esquerda: Telescópio Órion Astroview - 150mm / Webcam adaptada por Bernardo Riedel
Foto direita: Telescópio Órion Astroview - 150mm / Canon T3i - Exposição de 2" com ISO 1600

terça-feira, 30 de outubro de 2012


Essa é a estrela Sirius. Uma das mais brilhantes a olho nú, captada emquanto saia em meio aos prédios da minha visinhança.

Foto tirada com:

- Telescópio Orion Astroview 150mm
- Câmera Canon EOS T3i
- Frame único com iso 400 e 20 segundos de exposição.

Foto tratada apenas no Photoshop.

Nosso satelite natural, a Lua.

Fiz essa foto na realidade captando toda a Lua, mas recortei essa parte para mostrar com mais detalher as cratéras lunares.

Foto tirada com:

- Telescopio Orion Astroview 150mm.
- Camera Canon EOS T3i
-  Foto tirada com ISO 400 e exposição 1/250. Tratada no Photoshop.

Essa é a Grande Nebulosa de Orion, também conhecida como M42. Fica localizada na constelação de Orion, bem próxima às Três Marias.


Tenho usado ela para desenvolver meus conhecimentos na Astrofotografia, por ser uma nebulosa de fácil localização e com belas cores e formas.

Talvez esse tenha sido o melhor resultado que consegui por enquanto.

Foto foi tirada com:
- Telescópio Orion Astroview de 150mm.
- Câmera Canon EOS T3i
- Montagem equatorial Eq-3 motorizada.

Processei a foto no DSS e Photoshop.

Foram 15 Frames em ISO 800 com 15 segundos de exposição + 15 frames em ISO 1600 também com 15 segundos, além de 12 darkframes.